O uso nocivo de álcool ou etilismo é uma doença crônica de causa multifatorial, principalmente relacionada a quantidade e frequência de uso do álcool, a condição de saúde do indivíduo e a fatores genéticos, psicossociais e ambientais. Esta doença mata 3 milhões de pessoas por ano, e causa diversos danos sociais, associado a acidentes de trânsito, comportamentos antissociais, abandono escolar e violência doméstica.
A CID-10 define etilismo como um conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que se desenvolvem após o uso repetido de álcool, associado aos seguintes sintomas: forte desejo de beber, dificuldade de controlar o consumo (não conseguir parar de beber depois de ter começado), uso continuado apesar das consequências negativas, maior prioridade dada ao uso da substância em detrimento de outras atividades e obrigações, aumento da tolerância (necessidade de doses maiores de álcool para atingir o mesmo efeito obtido com doses anteriormente inferiores) e por vezes um estado de abstinência física (sintomas como sudorese, tremores e ansiedade quando a pessoa está sem o álcool).
O tratamento se dá através de mudança de estilo de vida (MEV), acompanhamento psicológico/psiquiátrico e tratamento farmacológico com ansiolíticos (Benzodiazepínicos) para auxiliar na cessação do vício.