A sociedade brasileira é marcada por profunda desigualdade socioeconômica e segregação residencial. Como consequência, tem-se um quadro igualmente desigual na saúde. É evidente que a saúde da população é determinada por vários fatores que vão além da área de atuação do setor em si, tais como habitação, emprego, educação, saneamento, meio ambiente, cultura e segurança pública.
Ressalte-se, no entanto, que mesmo diante do cenário de desigualdade social em que está mergulhado o país, o setor da saúde logrou conquistas importantes quando comparado com as outras áreas de evidentes desigualdades, como as acima mencionadas. O Sistema Único de Saúde (SUS), há que se reconhecer, exerceu papel decisivo na melhoria de indicadores básicos como a expressiva redução da taxa de mortalidade infantil e o aumento da expectativa de vida. Na verdade, pode-se afirmar com segurança que o SUS é a via pela qual a maioria da população brasileira consegue acesso a medidas de cuidado integral da sua saúde.
O presente estudo apresenta uma síntese de evidências espaçotemporal, que cobre um período de dez anos, entre 2010 e 2019, nos 96 distritos administrativos do município de São Paulo, e se refere às áreas prioritárias para intervenções em relação às seguintes condições de saúde:
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